Manifestantes contrários ao governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, encheram as ruas de Tel Aviv neste sábado (29), pedindo o fim dos ataques a Gaza e a libertação de todos os reféns em cativeiro do Hamas.
O protesto ocorre após uma onda de manifestações ao longo da semana em todo o país e crescente dissidência em relação ao gabinete do premiê israelense pela retomada dos bombardeios em Gaza e ações contra autoridades consideradas hostis ao governo.
Israel retomou a guerra contra o Hamas em Gaza em 18 de março, após dois meses de relativa calma sob um acordo de trégua. Durante o cessar-fogo, 33 reféns israelenses, vivos e mortos, foram libertados pelo Hamas. Cinquenta e nove reféns ainda estão presos em Gaza, 24 dos quais se acredita estarem vivos.
Desde então, os protestos diários em Tel Aviv e Jerusalém, a sede do governo de Israel, tornaram-se mais furiosos. Os manifestantes pedem a volta dos reféns restantes sob um acordo de cessar-fogo, o fim a guerra e a proteção das instituições democráticas.
O Hamas concordou com uma nova proposta egípcia para libertar cinco reféns, incluindo o americano-israelense Edan Alexander, em troca da retomada do cessar-fogo.
A proposta é semelhante a uma apresentada há várias semanas pelo enviado especial dos EUA Steve Witkoff, embora não esteja claro se também inclui a libertação de corpos de reféns mortos.
Em troca da libertação de cinco reféns, o Hamas espera um retorno às condições da fase 1 do cessar-fogo, incluindo a entrada de ajuda humanitária, bem como um acordo para negociar a segunda fase do cessar-fogo, disse a fonte.
Israel respondeu à oferta egípcia com uma contraproposta, de acordo com uma declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu conduziu uma série de consultas ontem, após uma proposta recebida dos mediadores. Nas últimas horas, Israel transferiu sua contraproposta aos mediadores, em total coordenação com os Estados Unidos”, disse o gabinete.
